Resumo descritivo
Depoimento de Roberto Farias com duração aproximada de 60min21seg, gravado no saguão do Hotel Continental no 24º Festival de Cinema Brasileiro e Latino-americano de Gramado por Roberto Fleck.
O cineasta fala de sua infância em Nova Friburgo (RJ) e de seus primeiros contatos com o Cinema, quando brincava de fazer projeção. Ao crescer, relata que seu interesse pela área somente aumentou, principalmente, no que diz respeito à Fotografia e ao Desenho. Conta que foi colega de escola do irmão do cineasta Watson Macedo, que foi uma grande inspiração na vida de Farias, motivando-o a seguir na área.
Ele relata que foi assistente de direção na Companhia Atlântida, na qual permaneceu por sete anos e trabalhou em catorze filmes. Seu objetivo inicial era aproximar-se do Cinema a partir da Fotografia, mas a experiência na Atlântida fez com que buscasse a direção. No período posterior à Atlântida, conta que começou a dirigir seus próprios filmes (treze no total) e menciona as experiências como secretário Nacional da Indústria Cinematográfica, membro do Conselho Nacional de Cinema, presidente da Embrafilme, presidente do Conselho Nacional de Cinema e diretor de Televisão, produzindo minisséries.
Ele fala da gravação de "Assalto ao Trem Pagador", seu quinto filme, e de "Pra Frente Brasil" e comenta sobre o sufocamento que sentia por causa da repressão e da censura do período que, segundo relata, impediu um sucesso ainda maior de "Pra Frente Brasil", um dos primeiros filmes a retratar a repressão da ditadura civil-militar (1964-1985) no Brasil.
Roberto Farias também descreve a importância que tiveram as chanchadas nos primeiros anos de sua carreira. Fala também dos filmes realizados com Roberto Carlos e de seu desejo em realizar outra produção com o cantor, apesar das críticas.
Finaliza o depoimento falando de "Cidade Ameaçada", seu terceiro filme, que representou o Brasil em Cannes em 1960, e de seus trabalhos e experiências com a Televisão.