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1º Congresso Estadual de Cultura do RS: O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0235-S
Denominação
Áudio em Fita Magnética
Título
[1º Congresso Estadual de Cultura do RS: O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira]
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Palestras e debates em torno do tema “O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira” durante o segundo dia do 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul com duração aproximada de 2h23min.
O 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul foi um evento de caráter excepcional, promovido pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Cultural (CODEC) e realizado no Salão de Atos da UFRGS no mês de abril de 1989, no qual diversas personalidades de notável atuação cultural, tanto nacionais quanto internacionais, se reuniram para dividir suas experiências profissionais, traçar paralelos com o passado visando o futuro da cultura no estado e propor debates quanto aos desafios a serem enfrentados. As discussões se debruçaram sobre os temas “Formação histórica da Cultura Gaúcha”, O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira”, “Cultura e Meios de Comunicação”, “Bases para uma Política Cultural” e “Institucionalização da Cultura no Rio Grande do Sul”. Os debates e resoluções que tiveram lugar no Congresso foram fundamentais para a definição das bases de criação da Secretaria de Estado da Cultura.
O primeiro painelista foi Marcos Faerman, escritor e jornalista. Faerman inicialmente colocou a importância do teatro gaúcho para a cultura brasileira como ponto central da sua fala, lembrando nomes como Ittala Nandi e Fernando Peixoto. Ele citou que, em determinado momento, o trabalho de Ittala Nandi foi malvisto pelo fato de ter representado a mulher fora dos padrões tradicionais da sociedade, trazendo um caráter mais afirmativo e independente. Faerman também descreveu o escritor Érico Veríssimo como o “Homero gaúcho” e sua obra “O Tempo e o Vento” como uma “Ilíada ou Odisseia” responsável pela “fundação da humanidade gaúcha”. O escritor contestou a ideia de que o gaúcho enquanto indivíduo é considerado com desdém pelos mercados culturais do centro do país, mais destacadamente nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ele ainda argumentou que, devido à visão de uma camada elitista da sociedade, a Região Nordeste e suas manifestações culturais seriam as menos valorizadas neste contexto.
Já o segundo painelista, Luiz Carlos Felizardo, destacou a marginalização de intelectuais e artistas gaúchos na Região Sudeste e argumentou que o reconhecimento interno tem vindo para aqueles que primeiro alcançam certo sucesso fora do Rio Grande do Sul.
O terceiro painelista, Licínio Azevedo contou da sua experiência visitando Moçambique e do verdadeiro intercâmbio cultural que fez, inclusive apresentando o tradicional churrasco gaúcho para os moçambicanos.
Dimensões
03 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
[25? abr. 1989]
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.
Mídias relacionadas
VERÍSSIMO, Érico. O Continente. 1 ed. Porto Alegre: Globo, 1949 (1ª parte da obra "O Tempo e o Vento").
VERÍSSIMO, Érico. O Retrato. 1 ed. Porto Alegre: Globo, 1951 (2ª parte da obra "O Tempo e o Vento").
VERÍSSIMO, Érico. O Arquipélago I e II. 1 ed. Porto Alegre: Globo, 1961 (3ª parte da obra "O Tempo e o Vento").
VERÍSSIMO, Érico. O Arquipélago III. 1 ed. Porto Alegre: Globo, 1962.
HOMERO. Odisséia. 2 ed. São Paulo: Ed. 34, 2012. 813p.
HOMERO. Ilíada. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. 715p (4ª reimpressão em 2017).