Resumo descritivo
Palestra de Enrique Medina durante o segundo dia do 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul com duração aproximada de 1h14min.
O 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul foi um evento de caráter excepcional, promovido pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Cultural (CODEC) e realizado no Salão de Atos da UFRGS no mês de abril de 1989, no qual diversas personalidades de reconhecida atuação cultural, nacional e internacionalmente, se reuniram para dividir suas experiências profissionais, traçar paralelos com o passado visando o futuro da cultura no estado e propor debates quanto aos desafios a serem enfrentados. As discussões se debruçaram sobre os temas “Formação histórica da Cultura Gaúcha”, O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira”, “Cultura e Meios de Comunicação”, “Bases para uma Política Cultural” e “Institucionalização da Cultura no Rio Grande do Sul”. Os debates e resoluções que tiveram lugar no Congresso foram fundamentais para a definição das bases de criação da Secretaria de Estado da Cultura.
Durante a tarde do segundo dia do Congresso, o escritor argentino Enrique Medina fez um relato sobre a cultura de seu país. Autor de “Año Nuevo en Nueva York” e “Las Tumbas”, ele recebeu aplausos da plateia quando disse que “o artista não tem de se atar a nenhuma ideologia, tem de ser louco, delirante e irreverente”. Medina revelou considerar sua própria obra provocadora e questionadora, reforçando sua crença de que um escritor deve ser livre, inclusive para se equivocar. O escritor também identificou que o revolucionário é quem “mostra um ponto de vista diferente” e definiu a pena de morte enquanto medida punitiva como “a mediocridade de uma sociedade”. Ele defende que o aspecto primordial para o crescimento cultural de um povo está na liberdade irrestrita.