Resumo descritivo
Cerimônia oficial de abertura do 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul com os discursos do governador Pedro Simon e do secretário-executivo adjunto do CODEC, Décio Freitas, com duração aproximada de 21min32s.
O 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul foi um evento de caráter excepcional, promovido pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Cultural (CODEC) e realizado no Salão de Atos da UFRGS no mês de abril de 1989, no qual diversas personalidades de notável atuação cultural, tanto nacionais quanto internacionais, se reuniram para dividir suas experiências profissionais, traçar paralelos com o passado visando o futuro da cultura no estado e propor debates quanto aos desafios a serem enfrentados. As discussões se debruçaram sobre os temas “Formação histórica da Cultura Gaúcha”, O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira”, “Cultura e Meios de Comunicação”, “Bases para uma Política Cultural” e “Institucionalização da Cultura no Rio Grande do Sul”. Os debates e resoluções que tiveram lugar no Congresso foram fundamentais para a definição das bases de criação da Secretaria de Estado da Cultura.
Décio Freitas destacou a necessidade de definir a forma institucional do órgão estadual de cultura, dando ênfase à chance da coletividade dos agentes da cultura gaúcha se autoconstituírem por meio do Congresso. Ele explica que as opiniões quanto ao destino da eventual instituição eram tão divergentes e ao mesmo tempo todas tão pertinentes que o próprio Governo do Estado do RS tomou a posição de apoiar a realização do evento. O professor e jornalista finalizou sua fala se referindo ao Congresso como uma “Constituinte da cultura gaúcha”.
Já o governador Pedro Simon iniciou seu discurso cumprimentando algumas das autoridades presentes, entre elas Oscar Gomes Nunes, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Carlos Jorge Appel, secretário executivo do CODEC e o professor Gerhard Jacob, reitor da UFRGS. O governador complementou a fala de Décio Freitas e acrescentou a importância de se descentralizar a cultura brasileira, quebrando a hegemonia dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Simon incentivou ainda o debate entre os intelectuais presentes, expressando confiança no papel do Congresso em fortalecer a cultura gaúcha e a busca por soluções que evitem a saída dos artistas do estado para o centro do país em busca de melhores oportunidades. Após o encerramento dos discursos se deu a apresentação do Hino Rio-Grandense.