Resumo descritivo
Depoimento do radialista e político Mário Bernardino Ramos ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 20min6s.
Secretário de Estado do Turismo do Rio Grande do Sul no Governo Sinval Guazzelli (1975-1979), Mário Ramos fala a respeito de sua trajetória e do trabalho como locutor da Rádio Gaúcha. Filho de jornalista, afirma que seus interesses sempre se voltaram para o campo da Comunicação. Na infância, recorda-se de improvisar brincadeiras com um “microfone” confeccionado a partir de um cabo de vassoura e um coador de chá.
A partir de uma pergunta da entrevistadora, Mário Ramos fala a respeito dos salários pagos pelas rádios na época em que trabalhou como locutor. Ele afirma que os honorários proporcionavam uma vida relativamente confortável, devido à relevância do Rádio e de sua presença na casa das famílias gaúchas. Ele lembra que a fim de acompanhar as transmissões de Rádio, muitas famílias se reuniam nas casas e, dentre as programações preferidas estavam as radionovelas, tão prestigiadas em seu tempo quanto as telenovelas atuais.
Outro aspecto rememorado pelo entrevistado, no que se refere ao Rádio, são as propagandas produzidas e narradas pelos locutores, que caracterizavam as transmissões ao vivo. Muitas vezes com tom de sátira, os informes publicitários de Rádio eram bem-humorados, espontâneos e feitos a partir de muito improviso, também. Os textos não eram tão trabalhados previamente como se faz hoje. Naquele contexto ele cita, ainda, os equívocos da sonoplastia, que proporcionavam momentos hilários no estúdio.
Por fim, Mário Ramos faz uma retrospectiva das rádios que considera mais influentes em sua época, as quais tiveram um papel de destaque, seja pelo Jornalismo ou pelo entretenimento. A Rádio Gaúcha, de acordo com o entrevistado, se destacava pela atuação no âmbito de transmissão de informações e formação de opiniões.