Resumo descritivo
Depoimento do ator Hélio Ary para o jornalista Roberto Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h35min.
Hélio Ary fala da sua trajetória como ator e conta como surgiu o seu interesse pelas Artes Cênicas. Nascido em Santana do Livramento, Hélio se mudou para o Rio de Janeiro para estudar teatro, aproveitando o fato de ter familiares morando na capital carioca. Ele revela que ainda criança tomou gosto pela arte assistindo aos espetáculos da companhia de Procópio Ferreira e artistas como Dulcina de Moraes, Dercy Gonçalves, Iracema de Alencar e Bidu Sayão.
O ator diz ter lembrança de alguns repertórios os quais lhe marcaram ainda enquanto espectador como “Estrada do Tabaco”, com Maria Della Costa. E relembra também da primeira vez que foi ao cinema levado por seu avô paterno com apenas 6 anos de idade ficando fascinado, ainda que não compreendesse o enredo do filme. Segundo ele, tornou-se um fã da produção cinematográfica, a ponto de passar boa parte dos domingos no cinema assistindo à programação completa na época de colégio.
Hélio Ary ainda destacou, no contexto de sua trajetória no Rio de Janeiro, o período como concursado na empresa Esso, no setor de contabilidade. Logo passou a estudar teatro na Fundação Brasileira de Teatro nos anos 1950. Recorda que teve como professores Dulcina de Moraes, Bibi Ferreira, Adolfo Celi, Joracy Camargo, Cecília Meireles e Maria Clara Machado. Depois de formado, a convite de Maria Clara, finalmente estreou nos palcos.
Por fim, o ator relembra de sua carreira no cinema, que ocorreu logo após sua saída do Tablado. A partir de um convite de Domingos de Oliveira, Hélio atuou no filme “As Duas Faces da Moeda”, de 1969. Ele recorda a curiosa situação de gravar cena numa véspera de Natal na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, que era extremamente movimentada e do susto que dava nos transeuntes com seu figurino de “Anjo da Morte”.