Resumo descritivo
Depoimento do fotógrafo Antônio Nunes para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h27min.
Antônio Nunes fala sobre sua trajetória profissional e relembra do início de sua carreira de fotógrafo nos veículos de imprensa da Companhia Jornalística Caldas Júnior. Ele explica que ingressou no Correio do Povo por meio do convite de um amigo que era chefe do Departamento de Fotografia do jornal em 1935.
Naquela época, havia a intenção do Correio do Povo em lançar um novo jornal vespertino, que seria mais tarde a Folha da Tarde e, portanto, se fazia necessária a contratação de mais funcionários para a equipe. Nunes aproveitou a oportunidade e passou a ser um dos únicos contratados na época que já atuava como fotógrafo. Em determinado momento, inclusive, passou a ensinar novos profissionais que ingressavam na empresa e não tinham a mesma experiência.
O fotógrafo recorda-se, ainda, do contexto econômico da profissão na época, revelando que seu salário inicial no Correio do Povo era de cerca de 350 cruzeiros ao mês. Já em 1940, passaria a ganhar 600 cruzeiros. Para ele era uma remuneração razoável, em que pese a grande inflação que existia naquele momento, conforme observou.
Antônio Nunes cita, ainda, o nome de alguns colegas de departamento que viriam a se tornar referências na área. E revela detalhes sobre as oportunidades que existiam naquele momento para a área da fotografia, alguns dos trabalhos que era contratado para fazer, incluindo eventos particulares, e como se davam as atividades do seu atelier.
