Resumo descritivo
Depoimento do ator Clóvis Rodrigues para o jornalista Roberto Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 57m37s.
O relato aborda várias facetas de sua carreira no Teatro e na Música, destacando as dificuldades enfrentadas pela discriminação racial e as nuances das técnicas artísticas.
O artista conta que enfrentou discriminação tanto por parte do público quanto dos colegas. No entanto, ao longo do tempo ele passou a receber reconhecimento pelo seu trabalho, sendo comparado a Grande Otelo. Rodrigues alternou entre Teatro e Música ao longo de sua carreira, principalmente quando enfrentava desafios financeiros. As oportunidades no cenário musical o ajudavam quando o Teatro estava em baixa.
O ator detalha alguns aspectos da atuação teatral, fala da importância de ajustar a dinâmica e o tom de voz para manter o interesse do público e sobre como manipular o espaço cênico para maximizar a presença dos atores. Ele explica que sua técnica envolvia um estudo profundo dos personagens e do ambiente em que eles viviam, combinando observação detalhada com análise textual.
É apresentado um paralelo entre atores técnicos, que utilizam técnicas específicas para compor seus personagens, e atores intuitivos, que se baseiam majoritariamente em intuição.
Clóvis mencionou ter aprendido seu ofício na prática, devido à ausência de escolas de teatro na época, e destacou sua experiência trabalhando em diferentes locais por todo o país. Citou alguns companheiros de trabalho e relembrou grandes nomes com quem colaborou.
O ator reflete, ainda, sobre a importância da direção no Teatro e argumenta como a falta de ensaio e má escolha de um elenco podem levar a um espetáculo monótono e sem ritmo. Por fim, menciona a dificuldade de se corrigir colegas em cena devido aos laços afetivos.