Resumo descritivo
Palestra e entrevista coletiva do chargista Lan para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 82min.
O chargista inicia sua intervenção com uma confissão: toda vez que era chamado a falar em público, TV, Rádio ou simplesmente para algum grupo de estudantes entrava em pânico. Ele se recorda das vezes que foi obrigado a assistir palestras e produzia charges sobre o conferencista. Na sua opinião, o palestrante, em geral, era um chato, pois obrigava os presentes a ficarem sentados. Com bom humor, Lan demonstra se sentir mais à vontade em terras gaúchas, pois seu sotaque se tornava menos chamativo.
Lan explica que outra de suas dificuldades era ter de se expressar por palavras, já que, em razão da sua formação profissional, acostumou-se a eliminá-las pois a Charge explicita tudo na sua expressão gráfica. O chargista explica que iria dividir a palestra em duas partes, a primeira expondo aos presentes o caráter histórico da Caricatura no mundo e no Brasil. Já na segunda parte, seria aberto espaço para que os interessados fizessem perguntas sobre o tema.
O conteúdo da palestra traz, em primeiro lugar, um destaque para o aspecto crítico da Charge ou Caricatura. Lan demonstra como alguns dos grandes pensadores descreveram a expressão artística em questão. Uma dessas explanações denota: “a arte do caricaturista é captar detalhes muitas vezes imperceptíveis, tornando-os visíveis através do exagero, sua arte tem qualquer coisa de diabólico”. O chargista conta que na própria França, onde a arte da Caricatura atingiu grande expressão com a obra de Honoré Daumier (1808-1879), o termo em si somente entrou no Dicionário da Academia Francesa em 1762, passando finalmente a ser de conhecimento geral.