Resumo descritivo
Depoimento do maestro Salvador Campanella a alunos da FAMECOS/PUC-RS, doado ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração aproximada de 14min.
O maestro compartilha sua trajetória e experiências no rádio gaúcho, especialmente na década de 1950, destacando a importância do Rádio como veículo de comunicação e entretenimento. Ele inicia agradecendo a oportunidade de colaborar com os estudantes, ressaltando seu amor pelo ensino e pela Música.
Campanella relembra que, na década de 1950, o Rádio estava em plena potência, com programação ao vivo, incluindo novelas, teatros e programas musicais. Ele atuava como diretor musical, responsável por coordenar arranjos, escolher músicas e trabalhar com cantores e locutores. A programação era intensa, com produções que iam da manhã até a madrugada e ele destaca a convivência com grandes artistas da época, como Gastão Formenti e Vicente Celestino, além de cantores internacionais que passaram pelo Brasil.
Ao comparar o Rádio na década de 1950 com o atual, Campanella observa que, naquela época, o Rádio tinha uma grade artística mais diversificada e era totalmente ao vivo, o que exigia grande profissionalismo e improvisação. Ele ressalta que o Rádio era acessível a todos, chegando até os lares mais humildes, tendo um papel fundamental na comunicação e no entretenimento. Hoje, ele percebe que o Rádio perdeu parte dessa diversidade, com programação mais focada em Música e informação.
O maestro também compartilha histórias pitorescas de sua carreira, como uma excursão com a Orquestra Sinfônica a Cachoeira do Sul, quando enfrentaram desafios logísticos, como estradas de terra e falta de infraestrutura. Em uma ocasião, ao chegarem a Bagé, o prefeito local não tinha recursos para abrigar a orquestra, mas o comandante do quartel ofereceu apoio, demonstrando a importância do Rádio e da Música para a comunidade. Apesar das dificuldades, a excursão foi marcada por momentos de solidariedade e humor, como quando o grupo foi recebido com um banquete em um motel, onde os proprietários se recusaram a cobrar pelos serviços, em reconhecimento ao trabalho da orquestra.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.