Resumo descritivo
Depoimento do radialista Rui Vergara Corrêa, com a presença do radialista Jayme Copstein, para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 2h11min.
Vergara oferece um rico panorama da história do Rádio em Porto Alegre, especialmente nas décadas de 1930 a 1970. Ele conta que ingressou no Rádio em 1939, começando como operador de som na Rádio Difusora. Rapidamente, passou a ter outras funções, como programador e discotecário, organizando a programação musical e vendendo espaços publicitários.
O radialista relembra a era de ouro do Rádio, quando programas ao vivo, orquestras e novelas eram comuns. A Rádio Difusora, por exemplo, tinha uma orquestra de salão que tocava música clássica e de câmara ao vivo. Ele fala sobre a transição do Rádio para a Televisão, criticando a falta de evolução na qualidade das transmissões televisivas em comparação com o rádio. Ruy falou da rivalidade entre as rádios, como a Difusora e a Farroupilha, e como ele criou uma locução dupla para transmitir jogos de futebol, com dois locutores cobrindo diferentes partes do campo. Ele também mencionou a importância de programas de auditório e a influência de patrocinadores na programação.
O entrevistado compartilhou algumas histórias sobre a Associação de Cronistas Esportivos de Porto Alegre, que ele ajudou a fundar, e as dificuldades financeiras que muitos colegas enfrentaram. Rui destacou, ainda, a importância da música brasileira e dos compositores da década de 1930 e 1940, como Noel Rosa e Benedito Lacerda. E criticou a falta de atenção dada aos compositores nas rádios modernas, nas quais muitas vezes as músicas são tocadas sem mencionar seus autores.
Por fim, refletiu sobre as mudanças no Rádio ao longo dos anos, lamentando a perda de certas tradições e a falta de criatividade na programação atual. Ele também mencionou a importância de programas temáticos, como os de Carnaval, que ele organizava com base em discos antigos.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.