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Depoimento de Roberto Brum
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0389-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Roberto Brum]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento de Roberto Brum, afilhado da atriz Norma Santos, em sua casa, no bairro Partenon, Porto Alegre, para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração de 48min30s, acerca da vida de sua madrinha.
Norma Santos, nascida em 7 de abril de 1917 (ou 1919, há divergências, pois nem sempre ela informava a verdadeira idade a fim de ter autorização para ingressar nos palcos), na Rua 7 de Abril em Porto Alegre, foi uma artista multifacetada: atriz, bailarina e cantora. Criada na Rua Fernandes Vieira 99, no bairro Floresta, era filha de Amélia Leal dos Santos, natural de Lisboa, e Juvêncio Fermiano dos Santos. Após ficar viúva, sua mãe, Amélia, passou a lavar roupas para um convento para sustentar os filhos. Norma começou a trabalhar aos 9 anos em uma fábrica de balas, enquanto seus irmãos eram aprendizes em tinturarias.
Sua vida artística começou quando, ainda adolescente, fugiu de casa escondida em um navio para se juntar a uma companhia de teatro em São Paulo, com documentos falsos e fingindo ser sobrinha do produtor. Destacou-se como vedete e corista, usando plumas e vestidos chamativos, trabalhou em companhias como a Trololó e apresentou-se no Teatro Recreio, entre outros. Durante uma apresentação, soube da morte da mãe e teve que continuar o show chorando, o que a abalou profundamente.
Sua primeira audição como cantora foi para o maestro Guerra Filho, por indicação da cantora italiana Liliana. Chegou a trabalhar ao lado de Carmen Miranda, e quase foi para os EUA com ela, mas desistiu devido ao luto pela mãe. Em Porto Alegre, reencontrou artistas como Lupicínio Rodrigues, Terezinha Totá Leal e Carmen Costa, participando de shows no antigo Cinema Castelo.
Norma participou do filme O Pecado da Vaidade (1931), ao lado de Eduardo Abelim, Ivone Campos, Ernestina Machado, entre outros, com cenas filmadas em Porto Alegre, incluindo em uma casa na Rua Washington Luiz e às margens do Guaíba. Também fez um filme em São Paulo, do qual só lembrava de uma cena a cavalo. Como cantora, gravou um compacto na RBS TV com músicas como Guacira, Rancho Fundo e Olhos Negros, mas a gravação está perdida.
Norma enfrentou dificuldades financeiras na velhice, vendendo suas joias para pagar dívidas e vivendo com saudades do auge artístico. Morreu em 30 de maio de 1996, atropelada na Rua Vidal de Negreiros. Roberto descreve Norma como talentosa, porém marcada por tragédias familiares (perdeu irmãos, um filho e o marido) e pelo arrependimento de não ter persistido na carreira. Ela deixou um legado de resistência e paixão pela arte, mesmo com poucos registros preservados.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
01 fita cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
29/10/1996
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.

