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Depoimento de Plauto Cruz
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0400-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Plauto Cruz]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do flautista Plauto Cruz ao jornalista Roberto Antunes Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração de 1h47min20s.
Plauto Cruz nasceu em São Jerônimo, cidade próxima de Porto Alegre, no dia 15 de novembro de 1929. Desde cedo, demonstrou interesse pela música, começando a tocar flauta aos 11 ou 12 anos, praticando à beira do fogão a lenha em casa, mesmo contra a vontade da mãe, que preferia que ele não atrapalhasse os afazeres domésticos. Seu pai, também músico, tocava flauta de ébano e influenciou sua trajetória. Na adolescência, mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou em fábricas, como a cervejaria Polar, enquanto continuava se dedicando à música.
Sua carreira musical deslanchou quando começou a tocar em rádios, como a Rádio Itaí, onde trabalhou por seis anos, lembrando com carinho de colegas da época. Mais tarde, em 1956, foi para a Rádio Farroupilha, integrando o regional do maestro Antoninho Maciel, ao lado de grandes nomes como Zico Cardoso, Diego Ribeiro, participando de programas de auditório, novelas radiofônicas e acompanhando cantores como Branca de Neve, Jussara Souza e Francisco Lopes. Paralelamente trabalhava também em outras rádios, como a Difusora. Conheceu Elis Regina ainda criança, no Clube do Guri, no Cine Castelo.
Plauto também fez parte da Orquestra Farroupilha, dirigida pelo maestro Salvador Campanella, e tocou com artistas consagrados como Vicente Celestino, Nelson Gonçalves e Ângela Maria. Com uma carreira diversa, trabalhou em boates famosas, como o Marrocos e a Varanda, que pertencia à Vera Vargas, nora de Getúlio Vargas. Além disso, participou de festivais de música, como a Califórnia da Canção, onde foi premiado diversas vezes, bem como festivais de chorinho em São Paulo. Participou do programa “O choro é livre”, no Teatro São Pedro. Também viajou para cidades como Buenos Aires, levando a música brasileira para outros países.
Dono de uma carreira diversa, além de inúmeras parcerias e amizades, Plauto compôs mais de 20 músicas, algumas gravadas, como Fino da Flauta, e Choro é Livre. No momento da entrevista conta que se dedica também ao ensino, dando aulas musicadas no Colégio Mauá. Casado desde 1957, teve seis filhos e sempre valorizou a família e os amigos, mantendo uma postura humilde e generosa. Plauto Cruz é um ícone da música gaúcha, reconhecido por seu talento e contribuição à cultura. Sua trajetória reflete paixão pela música, dedicação e uma vida repleta de histórias e parcerias memoráveis.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
02 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
[18 mar. 1996]
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.

