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Depoimento de Lucídio Castelo Branco
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura

Número de registro
MCOM 0373-S
Denominação
Áudio em Fita Magnética
Título
[Depoimento de Lucídio Castelo Branco]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do jornalista Lucídio Castelo Branco para o jornalista Roberto Antunes Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h59min.
O jornalista oferece um relato detalhado de sua carreira no Jornalismo e sua atuação no cenário político e sindical do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Lucídio nasceu em Teresina, Piauí, em 1926, e mudou-se para o Rio de Janeiro com a família em 1939. Estudou no Colégio São José e no Colégio Felisberto de Menezes, e ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, onde começou o curso de bacharelado em Direito.
Em 1945, Lucídio Castelo Branco começou a trabalhar no jornal Vanguarda, inicialmente como estagiário não remunerado, e posteriormente como auxiliar de repórter, onde fez carreira. O Vanguarda era um jornal vespertino, de estilo panfletário, comum na época. Destacou a influência de Neiva Moreira, chefe de redação do jornal, e mencionou colegas como Benedito Coutinho e Paulo Vial Correa, que também tiveram carreiras destacadas.
O jornalista mudou-se para Porto Alegre em 1949, onde começou a trabalhar na Folha da Tarde. Descreveu a região na época como uma cidade pequena, com características semelhantes a São Luís do Maranhão. Na Folha da Tarde, ele se destacou como repórter político, cobrindo eventos importantes e entrevistando figuras como Getúlio Vargas e João Goulart. Em 1964, foi convidado a abrir e dirigir a sucursal do Jornal do Brasil em Porto Alegre. Ele montou uma equipe competente, incluindo nomes como Alexandre Garcia e Nilson Souza. Sob sua liderança, a sucursal do Jornal do Brasil tornou-se uma das mais produtivas do país, com matérias bem redigidas e de alta qualidade.
Lucídio teve uma atuação destacada no Sindicato dos Jornalistas de Porto Alegre, sendo eleito presidente em 1965. Ele liderou a transformação do sindicato, excluindo associados que não comprovavam exercício profissional, e lutou pela regulamentação da profissão de jornalista. Foi presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e teve papel crucial na aprovação da lei que regulamentou a profissão de jornalista em 1969, durante o regime civil-militar. Também participou ativamente da cobertura da Legalidade, movimento liderado por Leonel Brizola em 1961, que garantiu a posse de João Goulart como presidente. Foi Secretário de Imprensa da presidência da República no exílio por três dias. Ele também cobriu a campanha de Jango e a crise política que culminou no golpe de 1964.
O entrevistado destacou a importância de amar a profissão de jornalista e de ter um senso de responsabilidade e ética. Aconselhou os jovens jornalistas a serem "de corpo inteiro", dedicando-se totalmente à profissão. Ele expressou orgulho de sua carreira, especialmente pela regulamentação da profissão de jornalista, e afirmou que faria tudo novamente, sem arrependimentos.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.
Dimensões
02 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
13 ago. 1996
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.
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