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Depoimento de Lauro Hagemann
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0308-S
Denominação
Áudio em Fita Magnética
Título
[Depoimento de Lauro Hagemann]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do jornalista Lauro Hagemann para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 53min4s.
Lauro Hagemann conta que nasceu em Santa Cruz do Sul, no dia 23 de julho de 1930. No seu depoimento, comemora 30 anos de radialismo, tendo iniciado na “Rádio Santa Cruz do Sul”. De 1 de junho de 1946 até 1 de junho de 1976, decorridos 30 anos, trabalhou ininterruptamente na radiodifusão. Trabalhou, ainda, na “Rádio Novo Hamburgo” e posteriormente, em Porto Alegre, na Rádio Farroupilha por 26 anos, desde junho de 1950, atuando no radiojornalismo. Em 1969, iniciou na “Rádio Guaíba”, onde se manteve até o período da entrevista.
O entrevistado destaca seu percurso de formação em Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), experiência compartilhada com outros profissionais da Imprensa que buscavam formalizar suas carreiras. Ele descreve a entrada na Universidade como um novo status para a profissão e observa como o curso proporcionou uma visão mais aprofundada sobre as exigências e responsabilidades do Jornalismo. Esse período também coincidiu com a expansão tecnológica que fortaleceu a comunicação radiofônica, à qual ele dedicou-se intensamente.
Sobre o Rádio, Hagemann enfatiza sua força como meio de comunicação social, considerado uma ferramenta de grande impacto. Ele menciona que, historicamente, o Brasil carecia de preparo para acompanhar a evolução das tecnologias de radiodifusão, porém, com o tempo, o desenvolvimento de novas tecnologias no pós-guerra permitiu o crescimento das potências das emissoras, ampliando o alcance e a influência do Rádio. Essa mudança possibilitou sua consolidação como uma fonte relevante de informação e entretenimento.
O impacto do Rádio ao longo do tempo, principalmente com seu surgimento na década de 1920 no Rio Grande do Sul e Porto Alegre, é outro ponto central abordado. Além disso, Lauro Hagemann reflete sobre os diferentes tipos de linguagem no Rádio, a informalidade do discurso falado e a formalidade do texto escrito, além das transformações que ocorreram ao longo dos anos nas expressões e nos anúncios veiculados. O surgimento e o avanço de novos meios de comunicação, como a Televisão, também são mencionados como marcos importantes na história, bem como as questões conflituosas dos espaços de atuação de cada um. A Rádio da UFRGS, onde o entrevistado trabalhou por muitos anos, é citada com carinho, representando uma experiência significativa em sua carreira, dada sua contribuição à sociedade e seu papel formador.
Por fim, o jornalista descreve sua experiência como fundador do Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul, em 1962, um marco em sua trajetória. A organização surgiu da necessidade de resolver problemas sociais e defender os interesses dos trabalhadores da radiodifusão. Em 1964, ele foi eleito vereador suplente como representante dos radialistas, e em 1967 como deputado estadual, posição que lhe permitiu lutar pelos direitos da classe, embora tenha sido cassado pelo AI-5 em 1969. Apesar das dificuldades, ele expressa o orgulho de ter representado uma sociedade em transformação e afirma que, embora aposentado compulsoriamente, não pretende se afastar do Rádio, demonstrando seu profundo amor pela profissão e pela sua missão de comunicador.
Dimensões
01 fita cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
01 jun. 1976
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.
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