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Depoimento de Iberê Camargo com Carlos Nejar e Maurício Rosenblatt
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura

Número de registro
MCOM 0336-S
Denominação
Áudio em Fita Magnética
Título
[Depoimento de Iberê Camargo com Carlos Nejar e Maurício Rosenblatt]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do artista plástico Iberê Camargo, com a presença do poeta Carlos Nejar e do editor Maurício Rosenblatt para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h14min.
Iberê Camargo estava na cidade para visitar amigos e para a exposição de seus cadernos no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, uma coletânea de desenhos que pertenciam à sua esposa, Maria Coussirat Camargo.
Maurício Rosenblatt, amigo de longa data de Iberê, relembrou momentos marcantes da trajetória do artista, desde sua chegada a Porto Alegre na década de 1940 até sua mudança para o Rio de Janeiro em 1942. Rosenblatt destacou a inquietude de Iberê, que o levou a abandonar a Escola Nacional de Belas Artes por considerá-la muito acadêmica e sua primeira exposição no Rio de Janeiro, que contou com a presença de figuras importantes como Oswaldo Aranha. Ele também mencionou a dificuldade do artista em lidar com a comercialização de suas obras, já que o Iberê Camargo pintava por necessidade interior, não para vender.
Carlos Nejar, por sua vez, ressaltou a ligação profunda de Iberê com o Rio Grande do Sul e como sua pintura reflete uma busca por cores primordiais e uma conexão com a infância, simbolizada pelos carretéis, que se tornaram um tema central em sua obra. Nejar também destacou o caráter apocalíptico da pintura de Iberê, que transcende o pessoal para refletir o caos do mundo contemporâneo.
Iberê Camargo falou sobre suas origens humildes no interior do Rio Grande do Sul e sobre como seu interesse pela Arte começou na infância, com os lápis de cor e cadernos de desenho. Ele descreveu sua jornada artística, desde os primeiros desenhos até sua fase abstrata, marcada pelos carretéis, que evoluíram para formas mais complexas e simbólicas. Iberê também refletiu sobre a solidão do artista e sua insatisfação constante com a própria obra, sempre buscando superar limites e alcançar a grandeza.
O artista lembrou o nome de outros grandes amigos que estiveram presentes em sua trajetória tais como Moysés Vellinho e Décio de Souza. Por intermédio deles recorda que conseguiu uma bolsa de estudos com Cordeiro de Farias, na época interventor federal que governava o Estado do Rio Grande do Sul. E relembra de grandes críticos de sua obra que acabaram se tornando admiradores e também grandes amigos.
Iberê Camargo ainda abordou sua experiência como professor, incluindo seu trabalho com presidiários em Porto Alegre, onde buscou libertá-los pela fantasia e pela expressão artística. E criticou a política cultural do país, especialmente a falta de apoio aos artistas e a precariedade dos materiais de pintura disponíveis no Brasil.
O artista plástico expressou sua paixão pela pintura, descrevendo-a como uma necessidade existencial, e falou sobre o processo criativo, que muitas vezes o levava a destruir obras que considerava imperfeitas. Ele também refletiu sobre a dificuldade de viver da arte no Brasil, onde os artistas enfrentam desafios econômicos e a falta de reconhecimento.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.
Dimensões
01 fita cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
01 ago. 1979
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.
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