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Depoimento de Homero Guerreiro
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0402-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Homero Guerreiro]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do jornalista Homero Guerreiro a Roberto Antunes Fleck, na Sala Nobre do Jornal do Comércio, situado na Avenida João Pessoa, para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração de 53min56s.
Homero Pinto Guerreiro, nascido em 11 de fevereiro de 1930 na Fazenda da Chapada, em Vacaria, iniciou sua trajetória no jornalismo após concluir o ginásio em sua cidade natal e mudar-se para Porto Alegre para cursar o científico. Apesar de sua inclinação inicial para a agronomia, influenciada por suas raízes rurais, seu gosto pela escrita desde a infância o levou ao jornalismo. Ingressou na segunda turma da Faculdade de Jornalismo da FAMECOS-PUCRS, onde estudou ao mesmo tempo em que cursava economia.
Sua carreira começou em março de 1953 no Consultor do Comércio, um boletim econômico semanal que mais tarde se transformaria no Jornal do Comércio. Inicialmente, o veículo era modesto, com poucas páginas e foco em dados estatísticos, mas evoluiu para um jornal de maior relevância, especialmente após a publicação de balanços e atos legais obrigatórios para empresas. Guerreiro destacou-se como um dos pioneiros na introdução de entrevistas e reportagens mais aprofundadas no jornal.
Em 1960, Homero fez um curso de aperfeiçoamento no jornal O Globo, no Rio de Janeiro, onde aprendeu técnicas modernas de diagramação, as quais posteriormente implementou no Jornal do Comércio. Em 1968, participou de um curso avançado de comunicação no Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (CIESPAL/Equador), onde teve contato com conceitos inovadores, como a sociologia da comunicação e a importância do lazer na sociedade moderna.
Além de sua atuação no jornalismo, Homero assumiu cargos públicos, como diretor da Imprensa Oficial do Rio Grande do Sul (1965-1971), enfrentando desafios, como a burocracia e a obsolescência tecnológica. Posteriormente, coordenou a assessoria de imprensa do governo estadual, profissionalizando a comunicação pública e estabelecendo uma relação mais próxima com a imprensa do interior.
Homero refletiu sobre as transformações do jornalismo, desde as dificuldades técnicas da era pré-digital até os desafios impostos pela internet. Apesar de reconhecer a importância da inovação, valorizava o convívio humano nas redações e a credibilidade da informação. Ao final de sua carreira ativa, afastou-se da gestão direta do Jornal do Comércio, passando o bastão para uma nova geração, mas permaneceu como conselheiro e acionista. Considerou-se realizado profissionalmente, embora ressaltasse que ainda havia muito a ser feito no jornalismo. Sua trajetória foi marcada pela dedicação ao ofício, pela adaptação às mudanças e pela crença no papel social da imprensa.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
02 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
08/08/1996
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.

