-
Depoimento de Homero Carlos Simon
- Voltar
Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura

Número de registro
MCOM 0360-S
Denominação
Áudio em Fita Magnética
Título
[Depoimento de Homero Carlos Simon]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do engenheiro Homero Carlos Simon a alunos da FAMECOS/PUC-RS, doado ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração aproximada de 29min.
Simon discute a evolução técnica do Rádio no Rio Grande do Sul desde 1942, destacando os desafios e avanços ao longo das décadas. Ele começa explicando que, na década de 1940, o Rádio era incipiente no Estado, com poucas estações e um espectro de frequências congestionado. A situação só começou a mudar após 1946, com a redemocratização do país e o impulso dado às concessões de Rádio. Apenas em 1962, com a aprovação do novo Código de Telecomunicações, que o setor passou por uma regulamentação mais robusta, permitindo um crescimento significativo.
O engenheiro enfatiza a importância do uso eficiente do espectro de frequências, defendendo o emprego de sistemas de ondas direcionais para maximizar o alcance e minimizar interferências. Ele também destaca a necessidade de normas técnicas para garantir a qualidade das transmissões e evitar conflitos entre emissoras. Essas normas, inicialmente baseadas em padrões americanos, foram revisadas em 1964, estabelecendo parâmetros mais adequados para o contexto brasileiro.
Simon aborda a relação entre Tecnologia, Economia e Publicidade, argumentando que a área de cobertura de uma emissora está diretamente ligada ao seu faturamento publicitário. Faz criticas a falta de uma legislação que integre esses aspectos técnicos com os interesses econômicos e políticos, sugerindo que o futuro do Rádio depende de uma abordagem mais holística, envolvendo não apenas especialistas técnicos, mas também diplomatas e políticos.
O entrevistado também reflete sobre o papel social do Rádio, defendendo que ele deveria ser um instrumento de Educação e Cultura, mas lamenta que isso nunca tenha sido plenamente realizado devido a interesses comerciais e políticos. Ele defende a verdade na divulgação de informações à sociedade e pondera que as críticas a determinadas realidades têm o poder de agregar e contribuir para a organização social da população. Simon considera que tanto o Jornalismo informativo quanto o opinativo têm este potencial, mas que esta distinção deve ser feita junto ao ouvinte, para que o cidadão comum possa distinguir entre fatos e valores.
Perguntado sobre a atuação da Rádio Guaíba na Grande Porto Alegre, Homero Simon avalia que a emissora dirigida por Breno Caldas sempre se preocupou em apresentar um Rádio que não tivesse compromisso de lucro, característica que persistia até aquele momento, segundo ele. Dentro desta filosofia, o depoente observa que a Guaíba, praticamente, havia eliminado o “jingle”, que é uma propaganda cantada, com maior poder de persuasão e de controle sobre as pessoas, que pode distrair e levar a comprar um produto sem grande reflexão prévia.
Simon critica, ainda, a pressão por audiência e a publicidade excessiva, que, segundo ele, nivelam a qualidade dos programas por baixo. Propõe-se um modelo alternativo, onde as emissoras poderiam se dedicar a públicos específicos, sem a necessidade de competir por audiência em massa, e sugere que o governo poderia subsidiar emissoras educativas para garantir sua sobrevivência.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.
Dimensões
01 fita cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
[abr.? 1980]
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.
Mídias relacionadas
[sem informação]