Resumo descritivo
Depoimento de Hiron Goidanich com duração aproximada de 65min12seg.
O colunista e publicitário fala, primeiramente, sobre seu trabalho como colunista de Cinema dos jornais Última Hora e, posteriormente, Zero Hora. Goidanich (Goida, como é popularmente conhecido) expõe seu interesse pela Sétima Arte e afirma frequentar cinema desde os cinco anos de idade, considerando as salas espaços de lazer e sociabilidade de sua geração. Ele comemora a recente restauração da Cinemateca Capitólio. Fala também sobre a influência do Cinema no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, conta aspectos históricos deste período e menciona a urgência de um novo movimento de produção cinematográfica.
Goida fala de seu trabalho na revista O Globo e da estrutura de seus textos. Não se considera um "crítico" de Cinema, pois diz que o trabalho do crítico geralmente trata de uma só produção em cada publicação, portanto, denomina-se "colunista cinematográfico". Sobre sua formação, que começa após os vinte e cinco anos de idade, Goida explica, em tom bem humorado, que a inspiração para trabalhar com a Imprensa foi a partir do contato com as histórias em quadrinhos do Super-Homem.
Recordando-se de sua infância, ele conta sobre as sessões do Cinema Garibaldi, que frequentava, e relata sobre a decadência dos "cinemas de ramal" e da concentração das salas na área central e em bairros de elite da cidade. O colunista emite opiniões sobre o Cinema Novo no Brasil, o Cinema Gaúcho, a Embrafilme e eventos, como o Festival de Cinema de Gramado.
Goida também fala sobre sua carreira de publicitário, o processo de criação e a relação com colegas. Critica a produção publicitária televisiva e fala sobre o predomínio de produções da dupla Rio-São Paulo e de exibição de séries norte-americanas.
Por fim, Goida deixa seu recado para os iniciantes de sua profissão e reflete sobre os cinemas e a vida cultural da cidade de Porto Alegre.