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Depoimento de Dina Perez
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0395-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Dina Perez]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento da atriz Dina Perez ao jornalista Roberto Antunes Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração de 1h44min32s. A entrevistada, na época com 78 anos, atuou como atriz, cantora e humorista nos mais diversos meios de comunicação, convivendo com grandes nomes da cultura gaúcha.
Dina Perez iniciou sua carreira artística em 1935, trabalhando inicialmente como amadora antes de se tornar profissional. Ela relembra que, na época, a vida dos artistas era muito sacrificada, mas o amor pela arte motivava seu trabalho. Seu início profissional aconteceu no Pavilhão do Pirilo, em Porto Alegre, em 1941, onde atuou ao lado de seu marido, o humorista José Luiz Perez Garcia, conhecido como Leleco, e outros colegas como Nair Lessa, Zina de Castro e Ribeiro Cancela.
Seu principal local de atuação nos primeiros anos foi o Pavilhão Teatro Popular, um teatro popular de madeira, semelhante a um circo, localizado inicialmente na esquina da Benjamin Constant com a Avenida Brasil, financiado pelo Dr. Darcy Rocha. Ela se destacava por interpretar personagens caipiras e regionais, sempre com grande dedicação. Trabalhou também no Teatro do Povo, que ficava onde hoje é o Hospital de Clínicas, e relembra um trágico acidente durante uma apresentação de A Cabana do Pai Tomás, quando o ator, Jeca, levou um tiro acidental.
Dina descreve as dificuldades da época, com cachês baixos e a necessidade de se desdobrar em múltiplos papéis, desde cantora até atriz dramática e humorista. Além disso, ela destaca a questão dos direitos autorais, bem como sua cobrança tornava difícil a sobrevivência dos teatros populares. A atriz menciona que o chefe da SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais) era Lupicínio Rodrigues, e que ele ia atrás deles para arrecadar os direitos autorais.
Na televisão e no cinema, atuou em produções como Senhora Encontrada na Noite, O Preço da Paz, Domingo de Grenal, além de participar de filmes do Teixeirinha, como Coração de Luto e Ela Tornou-se Freira. Dina relembra colegas como Teixeirinha, Mary Terezinha, Vânia Elizabeth, Thêmis Ferreira, Paulo Santana e Amélia Bittencourt. Ela fala um pouco sobre o relacionamento entre seus amigos Teixeirinha e Mary Terezinha. Perez critica o machismo e as vaidades que permeavam o meio artístico.
A artista demonstra sua grande versatilidade profissional, pois além do teatro e do cinema, também atuou no circo Grande Astúrias Circus, de Benevenuto Pontieri, como atriz, interpretando papéis como Verônica e Madalena em espetáculos da Paixão de Cristo, enquanto seu marido atuava como palhaço e humorista. Na década de 1950, criou o programa sertanejo Galpão da Tia Dininha na Rádio Itaí, que foi ao ar todas as manhãs por quatro anos, mesclando música, humor e causos caipiras, em dupla com Zé da Grota. Depois trabalhou em outras rádios - Metrópole, Porto Alegre, e União -, com o mesmo programa da Tia Dininha. Na televisão, participou de teleteatros na TV Piratini como Teatro de Comédia, dirigido por Érico Kramer.
Ao longo do depoimento, ela enfatiza seu amor pelo teatro e pela arte, destacando sua versatilidade como cantora, atriz e humorista. Mesmo aos 78 anos, e após se aposentar, Dina expressa o desejo de voltar aos palcos, lamentando o declínio do teatro popular e as mudanças nas tradições artísticas. Ela também fala sobre sua vida pessoal, seu casamento de 55 anos com Leleco, já falecido, e suas duas filhas, encerrando com uma emocionante poesia gauchesca que simboliza seu apego às tradições e sua paixão pelo Rio Grande do Sul.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
03 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
09/07/1996
Condições de reprodução
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