Resumo descritivo
Depoimento do ator e radialista Darcy Fagundes para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h30min.
Darcy Fagundes fala da trajetória que o consagrou como nome de referência na produção tradicionalista gaúcha. Relembra seu início como radioator na Rádio Farroupilha e a atuação ao lado de Paixão Cortes. Ele cita a ocasião em que almejava seu primeiro papel como gaúcho típico e acabou por aproveitar a oportunidade após substituir um artista que representava o personagem Juvêncio, na sua visão, de maneira inadequada.
O radialista comenta sobre o costume que existe no estado de se transmitir os programas regionalistas sempre pela manhã, o que não se vê em outras regiões do país. Também explica as adaptações que fazia no uso de linguagem para os diferentes tipos de demanda.
O tradicionalista opina, ainda, sobre a diferença na utilização dos pronomes “tu” e “você”. O mesmo entende que ao se referir a alguém como “tu”, isso indicava respeito e certa proximidade, enquanto que se dirigir a uma pessoa por meio do pronome “você”, trazia certo distanciamento pessoal.
Fagundes conta que precisava ter mais atenção quando atuava em novelas, expressando-se de maneira mais controlada. Já no caso de programas regionalistas, o artista fazia uso da sua característica de fala natural, do dia a dia. O ator faz questão de citar outros artistas de grande importância para o folclore gaúcho como Jayme Caetano Braun, Dimas Costa, Luís Meneses e ainda revela considerar Teixeirinha o maior nome já surgido no regionalismo do Rio Grande do Sul.