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Depoimento de Carlos Reverbel
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0404-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Carlos Reverbel]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento do jornalista Carlos Reverbel a Roberto Antunes Fleck, na residência do entrevistado, no bairro Moinhos de Vento, para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com a participação da sua esposa, a professora de teatro Olga Reverbel, com duração de 2h38min20s.
Carlos Reverbel traçou um panorama rico de sua carreira no jornalismo e na política, destacando sua atuação em veículos como Diário de Notícias, Correio do Povo e Revista do Globo. Ele relembrou colaborações com os Diários Associados e a Revista Província de São Pedro, além de seu trabalho na Editora Globo. Reverbel compartilhou memórias de personalidades marcantes, como o repórter David Nasser, o humorista Apporelly, e escritores como Mário de Andrade e Rubem Braga, este último correspondente de guerra. Também mencionou influências políticas, como Getúlio Vargas e Osvaldo Aranha, discutindo suas atuações na Revolução de 1930, o fechamento dos partidos em 1937 e a tradição política gaúcha.
Além disso, Reverbel abordou episódios históricos, como a cobertura da Segunda Guerra Mundial e a controvérsia em torno da autenticidade da carta-testamento de Vargas. Ele destacou a importância de figuras como Breno Caldas, diretor do Correio do Povo, ressaltando sua influência no jornalismo local, sua postura reservada, mas generosa com os amigos, e sua dedicação ao Correio do Povo, que dirigiu por décadas com pulso firme. Falou ainda sobre a Revista do Globo, sob a direção de Justino Martins, que alcançou projeção nacional, sendo a segunda em circulação no país, atrás apenas da Revista Cruzeiro. Reverbel também comentou sobre a concentração do mercado jornalístico gaúcho nas mãos de poucos grupos, como o da Zero Hora, e a dificuldade de surgirem novos concorrentes devido aos altos investimentos necessários.
Abordou sua atuação na Secretaria de Educação durante o governo de Cordeiro de Farias, destacando a construção de escolas e a profissionalização do ensino no estado. Reverbel criticou a falta de memória histórica no Brasil, citando exemplos de administrações públicas que realizaram obras importantes, mas foram esquecidas, como as iniciativas de Flores da Cunha na infraestrutura rodoviária e ferroviária.
Por fim, mencionou sua relação com a cultura, lembrando de suplementos literários que editou e a importância do jornalismo como meio de contribuição social. O depoimento foi encerrado com a sugestão de que a viúva de Breno Caldas, Dona Ilza Kessler Caldas, fosse entrevistada para preservar a memória do marido, no entanto, devido à sua personalidade reservada, sua esposa, Olga Reverbel, que foi professora da filha de Ilza, poderia servir como intermediária. Seu depoimento oferece uma visão abrangente não apenas de sua trajetória, mas também do cenário jornalístico, político e cultural do Rio Grande do Sul ao longo do século XX.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
04 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
[27 ago. 1996]
Condições de reprodução
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