Resumo descritivo
Depoimento do jornalista Antônio Carlos Ribeiro para o jornalista Roberto Antunes Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração aproximada de 1h15min.
Ribeiro aborda sua trajetória no Jornalismo, desde seus primeiros passos como colaborador no Diário Serrano e na Folha da Serra, em Cruz Alta, até sua longa carreira no Correio do Povo, em Porto Alegre. O entrevistado lembra que começou como revisor no jornal Correio do Povo e, após passagens pela Revista do Globo e pela Tribuna Gaúcha, consolidou-se como um dos principais nomes do jornalismo gaúcho, atuando por mais de 40 anos no Correio do Povo.
Sobre sua atuação na Revista do Globo, o jornalista relembra uma reportagem, encomendada a ele pelo diretor Justino Martins, sobre Lupicínio Rodrigues. A matéria deveria abordar temas peculiares, como a relação do cantor e compositor com os vizinhos, ou qual a fonte de inspiração para a criação de suas músicas, por exemplo. Diante do pedido, Ribeiro procurou Lupicínio na Ilhota, bairro onde o músico residia, porém, houve dificuldade de encontrá-lo nos primeiros dias. Ele lembra que após algum tempo era ele quem estava sendo procurado pelo pessoal da Revista. O entrevistado recorda que desta situação resultou uma boa reportagem e uma amizade com Lupicínio Rodrigues que perdurou até o fim da vida do músico. Ele lembra também dos colegas de trabalho, citando alguns nomes de profissionais que colaboravam com a Revista do Globo, e de intelectuais que frequentavam a Editora Globo e com os quais conviveu, como Athos Damasceno Ferreira, Cyro Martins e Dyonélio Machado.
O jornalista fala, ainda, sobre suas experiências como repórter político, cobrindo governadores e eventos importantes, como o suicídio de Getúlio Vargas e o enterro do ex-presidente em São Borja, em que foi o único jornalista presente. Ele destacou sua atuação como correspondente do Jornal do Globo e da Revista Manchete, além de cobrir eventos internacionais, como a revolução contra Juan Domingo Peron na Argentina e a visita de Che Guevara à China.
Antônio Carlos Ribeiro falou sobre a importância de figuras como Breno Caldas, diretor do Correio do Povo, e Adail Costa, com quem teve um relacionamento profissional e fraterno. Ele ressaltou a credibilidade e a influência do Correio do Povo na sociedade gaúcha, além de refletir sobre o declínio do jornal, na sua opinião, em razão de problemas financeiros, má gestão e a centralização de decisões por parte de Breno Caldas.
O jornalista também compartilhou histórias marcantes de sua carreira, como a cobertura do bombardeio à Casa Rosada em Buenos Aires e a dificuldade de enviar matérias em uma época sem os recursos tecnológicos atuais. Ribeiro encerrou o depoimento refletindo sobre a evolução do Jornalismo, destacando a importância da honestidade e do compromisso com a verdade na profissão.
*Resumo gerado por inteligência artificial generativa.
