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Depoimento de Aldo Obino
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Metadados descritivos (INBCM/Ibram)
Miniatura
Número de registro
MCOM 0396-S
Denominação
Áudio em fita magnética
Título
[Depoimento de Aldo Obino]
Autor
Acervos MuseCom
Resumo descritivo
Depoimento de Aldo Obino ao jornalista Roberto Antunes Fleck do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração aproximada de 3 horas.
Aldo Obino, nascido em Porto Alegre em 1913, foi uma figura central no cenário cultural e jornalístico do Rio Grande do Sul. Sua formação começou no Ginásio Rosário e no Colégio Anchieta, instituições onde estudou por doze anos. Na faculdade de Direito, teve professores influentes e participou de movimentos estudantis, como uma greve contra o aumento das mensalidades. Iniciou sua carreira no Correio do Povo em 1934, trabalhando no arquivo de clichês antes de se tornar repórter e crítico de arte, música e teatro.
Colaborava com outros jornais, mas manteve-se fiel ao Correio do Povo, onde seu pai, João Obino, também trabalhou, de 1905 até sua morte em 1931. Durante a enchente de 1941 o Correio fica alguns dias sem funcionar, então Aldo escreve sobre este importante evento climático para o jornal A Nação, que ajudara a fundar, escrevendo também editoriais e críticas para este jornal, mas publicando-os sob pseudônimos. Após o fechamento de A Nação, devido à postura integralista do periódico, Obino escreve também para seu sucessor, O Diário.
Paralelamente à sua carreira jornalística, Aldo lecionou filosofia no Colégio Universitário, futuro Júlio de Castilhos, tendo sido professor de diversas figuras notáveis do meio cultural e político gaúcho, como Moacyr Scliar, Leonel Brizola, Barbosa Lessa, Antônio Britto, entre outros. Além disso, participou da fundação de diversas entidades, como a Associação de Professores Católicos, a Associação Solar do Professor Gaúcho, o Instituto Cultural Alemão e a Aliança Francesa. Outras atuações profissionais de Obino foram na revista Estudos, escrevendo sobre Filosofia; no Jornal do Comércio, como colaborador livre por 10 anos; e como Juiz do Trabalho, nomeado por Getúlio Vargas, sem consulta prévia, trabalhando sem remuneração por 2 anos como juiz substituto na Justiça do Trabalho.
Sua atuação como crítico de artes plásticas e música ajudou a promover artistas locais, como Iberê Camargo e Renato Viana, documentando o desenvolvimento cultural gaúcho. Em seu depoimento, Obino abordou temas variados, desde suas experiências profissionais até reflexões filosóficas. Destacou a importância das cidades do interior como reservas culturais e mencionou figuras como Frederico Richter, que lhe dedicou uma ópera. Também falou sobre sua paixão pelo cinema, elogiando diretores como Bergman e Fellini, e criticou a inflação e as forças políticas que levaram ao declínio de veículos tradicionais, como o Correio do Povo.
Identificando-se como um filósofo cristão tomista, inspirado por Tomás de Aquino, Obino buscava a verdade em diferentes correntes filosóficas, sem se prender a dogmas. Sua trajetória foi marcada pela dedicação ao ensino, ao jornalismo cultural e à crítica de arte, deixando um legado intelectual significativo, que reflete sua vasta contribuição para a cultura gaúcha.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
Dimensões
03 fitas cassete de áudio
Material/técnica
Local de produção
Data de produção
28/08/1996
Condições de reprodução
Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. Obrigatória a citação da referência para fins acadêmicos e expositivos.

