Resumo descritivo
Depoimento de Alberto Sanberg, da União de Umbanda do Rio Grande do Sul, na sede da Fraternidade Espiritualista Cavaleiros de São Jorge, para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa com duração de 27min36s.
A entrevista aborda a Fraternidade Espiritualista Cavaleiros de São Jorge, representada por Sanberg, uma entidade que se diferencia por sua abordagem única dentro do contexto das tradições espiritualistas. Não filiada à União de Umbanda do Rio Grande do Sul devido a divergências passadas, a fraternidade adota um ritual menos tradicionalista e mais científico, incorporando em suas práticas elementos de diversas correntes religiosas, como umbanda, esoterismo, maçonaria, mosaísmo e catolicismo.
A entidade trabalha com 7 linhas espirituais, incluindo caboclos, pretos-velhos, guerreiros e entidades da mata, sem seguir um padrão fixo. Seu espaço é aberto a visitantes, que podem participar livremente, e a associados, que contribuem com mensalidades para a manutenção da casa. A fraternidade também realiza trabalhos filantrópicos, por meio de campanhas de Natal, e do apoio a entidades como orfanatos e creches, demonstrando seu compromisso social. Além disso, promove eventos anuais, como o Trabalho de Mata, realizado em uma área de propriedade da fraternidade, e jantares beneficentes para arrecadar fundos.
O altar da fraternidade chama atenção por não possuir imagens físicas, sendo suas representações simbólicas pintadas em um mural. Entre elas, destacam-se São Jorge, símbolo da cavalaria espiritual, Iemanjá, representando as forças das águas, entidades da mata e figuras que simbolizam justiça e equilíbrio. Um triângulo com um sol no centro representa Deus como força essencial, refletindo a visão pluralista da casa. Objetos ritualísticos, como espadas e lanças, muitas vezes doados por membros ou adquiridos em contextos históricos, são utilizados em trabalhos de limpeza energética e atendimentos espirituais. Sua visão é profundamente ecumênica, evitando proselitismo e respeitando todas as crenças. Alberto Sanberg exemplifica essa postura ao mencionar um colar que combina símbolos judaicos e cristãos, defendendo a harmonia entre diferentes tradições religiosas.
A organização da fraternidade inclui departamentos como uma farmácia homeopática, assistência social e projetos educativos, como aulas de esperanto. Além disso, há um cuidado em documentar suas atividades por meio de registros filmados e arquivos, preservando sua história e divulgando seu trabalho.
Em síntese, a Fraternidade Espiritualista destaca-se por sua liberdade ritualística, abordagem científica e compromisso com a assistência social, mantendo uma postura aberta e inclusiva em relação às diferentes expressões da espiritualidade. Como afirma o entrevistado: “Aqui concentramos um pouco da Umbanda, do esoterismo, da maçonaria, do catolicismo, buscamos a tranquilidade interior”. Essa filosofia reflete o propósito da entidade: unir conhecimento, tradição e serviço em busca de um caminho espiritual equilibrado e acolhedor.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
