Resumo descritivo
Cerimônia realizada pela Associação Rio-Grandense de Imprensa (ARI), com a presença de Alberto André e da direção do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, com duração de 21min39s.
Na cerimônia destacou-se a importância histórica de Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, uma figura central na imprensa e na luta pela independência do Brasil. O evento reuniu autoridades, jornalistas e amigos da capital e do interior, reforçando o papel do patrono da imprensa brasileira. Há aproximadamente quatro anos, uma comissão foi formada para celebrar duas efemérides significativas relacionadas a Mendonça: seu nascimento e seu falecimento, eventos que ocorreram com menos de um ano de diferença. Na ocasião, o foco estava vinculado ao sesquicentenário da Independência do Brasil (1972), destacando-se que Hipólito José da Costa, nascido em 1774 em Colônia do Sacramento na época, era território português, teve um papel crucial no processo de independência a partir de 1822.
Hipólito era um intelectual multifacetado: advogado, cientista, naturalista e, sobretudo, um homem ligado à terra e à agricultura. Após estudar engenharia e processos agrícolas na Filadélfia, ele expressa seu desejo de retornar ao Brasil e dedicar-se ao desenvolvimento do país. Sua atuação na maçonaria e seu envolvimento com ideais libertários o levaram a ser perseguido, impedindo seu retorno. Exilado na Inglaterra, ele fundou o Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro, que criticava duramente o governo português e defendia a independência do Brasil.
Além de sua contribuição política, a atuação de Hipólito teve um impacto cultural significativo. Ele defendeu a educação e o trabalho livre, antecipando debates importantes sobre a abolição da escravidão e a necessidade de mão de obra qualificada. Sua visão influenciou até mesmo a vinda da Missão Francesa em 1816, que trouxe artistas e artesãos para o Brasil.
O jornalista Alberto André encerrou sua fala destacando a importância de resgatar a história do patrono da Instituição, um intelectual muitas vezes esquecido pela historiografia oficial, mas cujas ideias foram fundamentais para a formação do Brasil. Além disso, destaca que a Associação Rio-Grandense de Imprensa pretende publicar novos trabalhos que revelem sua contribuição, incentivando escolas e municípios a homenagearem-no como uma figura essencial na história do país.
O evento também marcou o lançamento simbólico de um concurso nacional em comemoração aos 150 anos do jornalismo gaúcho, celebrado em 1º de junho de 1977, data da publicação do primeiro jornal do Rio Grande do Sul. O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, representado pela diretora substituta Lígia Tricot, anunciou a iniciativa, que busca preservar a memória da imprensa regional.
*Resumo gerado por inteligência artificial.
